quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Etc, etc, etc...

Se o título do post passado foi "Extra, extra, extra", esse só pôde ser etcéteras...porque esses dias eu tava pensando como sempre fico nas etcéteras. Não é maldade minha. É que realmente acontece muita coisa em muito pouco tempo por aqui. Um dia me dei conta que nunca contei que estive em Washington DC no 4 de julho (ou contei?!). Nem nunca contei que fui parada pela polícia lá hahahaha acontece que com 4 mulheres falando sem parar no carro e um GPS maluco, eu passei o sinal vermelho! Fala sério, né? Puro coisa de terrorista. Hahaha! Acho que se eu fosse muçulmana já tinha sido detida. Sem preconceitos. Bom, o guarda me aliviou nessa...só me mandou prestar mais atenção. E, em vez de aproveitar uma bela oportunidade de ficar quieta, o que eu disse?! "É que você sabe como são essas coisas de GPS, né?" hahaha ele olhou pra minha cara como quem diz: "ah, é?! Não sabe, não use" e eu senti que tava deglutindo à seco. Bom, gente, se eu não contei, não contei e pronto...passou! Aquela cidade é a cidade mais linda que eu já vi. Volto lá em janeiro e aí sim conhecerei o cemitério de Arlington, o Pentágono e os prédios do governo que são permitidos visitar. Ahhh, descobri também que o museu daquele filme "Uma noite no museu" é o de história natural de lá, não o de Nova Iorque.









Em outubro, tive minhas primeiras férias e fiz de um tudo! Hahaha cruzeiro no Caribe, pulo de paraquedas (não sei se escrevi direito, mas impliquei que com a reforma ortográfica é assim), passeio de moto pelo sul da Flórida...busquei meu namorado no aeroporto em NY, fui dirigindo pra lá e, claro, filmei a saga: http://www.youtube.com/watch?v=0hn1WHxF4tQ (para outros vídeos, entrem no link ali do ladinho. Eu demoro a escrever, mas tô sempre atualizando o "você entubado"). É fácil dirigir lá, até...mas nada que tivesse me impedido de levar uma multa! hahaha sim, mais uma para a coleção. Estacionei pra ler o que dizia a placa. Oraaaas, eles colocam um zilhão de informações em letras miúdas! Cadê o CONAR norte-americano? hein hein hein?! E eu tava ali do ladinho do meu carro perguntando pra um sujeito mais desinformado que eu se podia parar no domingo quando o guardinha veio sem perdão, sem coração pra emitir o ticket. Chooreeeeeiiii feito criança de colo! Hahaha. Ai, sabe?! Tem dia que dá muita saudade da terra-sem-lei que é o Brasil. Me senti muito impotente. Aqui não tem "jeitinho", não tem decote (tô brincando! não aguentei deixar essa piada passar...) que faça o sujeito deixar de ser quadrado e corretinho. Mas, né? Bom pra aprender que NY não é o mundo ainda caipira de NJ! hehehe mesmo porque NJ é "abrasileirada" e "indianada" já. Bom, mas foi isso.



El cruzeiro: fizemos de 03 a 08/10 saindo de Fort Lauderdale, FL e passando por Grand Cayman e Cozumel. Na Flórida, foi só um suspiro e já era hora de partir pro bote! hehehe tudo lá é muito diferente: um calor melado, palmeiras por toda parte, muuuuuita gente de fora. Foi o que deu pra ver. Chegar perto daquele barco monstro é demais, você fica direto se perguntando como pode o ser humano ter inventado uma máquina tão genial! hahaha



Entrando no navio. Vista para Fort Lauderdale.


Aí entramos e fomos procurar o nosso quarto. Os caras colocam as malas dentro do navio muito rápido! Demos uma voltinha pelo navio, mas olha...acho que a gente só conheceu tudo mesmo até o último dia. E ainda tenho as minhas dúvidas. Eu adoreeeeeei o clima de cruzeiro. Tem coisas pra fazer o tempo todo, mas quem disse?! hahahaha a gente ia mesmo tomar alguma bebida em volta da piscina e "reclamar da vida". Dia 05, chegamos em Grand Cayman. Tivemos uns imprevistos com a Royal Caribbean, empresa do cruzeiro, e acabamos não indo ver golfinhos, como planejado, mas trocamos por arraias e, depois de ter tido essa experiência, eu não trocaria as arraias por nada.

Para entender o roteiro: Saímos de Fort Lauderdale, passamos por dentro, rumo Golfo do México, contornando Cuba e chegando à Georgetown, capital de Grand Cayman de onde partimos para Cozumel, ilha pertencente ao México.


Continuando, Grand Cayman ainda pertence à Inglaterra. Obviamente, eles falam majoritariamente inglês e as estradas lá são de mão inglesa. Eles tiveram um furacão horrendo que destruiu 80% da ilha em 2004, mas em dois anos reconstruíram quase que como era antes do "Ivan". Juro, nem dá pra perceber que teve esse desastre por lá! Quando descemos na ilha, compramos por lá mesmo o passeio turístico na "Stingray City" e, nossa, é realmente uma cidade de arraias! Quando chegamos lá, já tinham uns 3 ou 4 barcos e bastante gente brincando com os bichos. Pegamos um ônibus escolar pra chegar até o barco que nos levaria até as arraias e, claro, eu tive que tirar foto do maravilhoso meio de transporte, olha:




Eu morri de medo das arraias quando coloquei meus pézitchos no fundo (e, sim, essa é a cor do mar que você viu na foto!). Ficava pendurada no pescoço do meu namorado, mas depois consegui me acalmar um pouco e ouvir a explicação do carinha: por baixo, elas são lisas; por cima, ásperas. As fêmeas tinham ferrão e os "instrutores" recomendaram não ficar saltandinho ou ficar fazendo movimentos bruscos no mar porque elas dão umas chicotadas pra se defenderem (aliás, até hoje não entendi se elas queimam também...procurei informações aqui na internet, mas só achei falando de pesca e de arraia de água doce). Enfim, não sou especialista, não vou ficar falando demais por aqui. Mais legal de tudo meeesmo foi alimentá-las! Aiiii, que nervoso esse bicho sugando o peixe da sua mão! huahuahuahua no caso do namorado, ela sugou a mão mesmo, tadinho.



Voltando pro navio, era música caribenha e comilanças o dia inteiro! Todo dia de manhã, recebíamos um jornalzinho com as atividades, as informações dos lugares, o que vestir no jantar...eu achei bem organizado after all. E as outras músicas?!?! Aiii, um dia teve uma mulher tocando um piano branco e a outra tocando um violino...perfeito é a única descrição plausível para esse dia. Ficamos hoooooras ouvindo. E tinha música para todos os gostos: era bolero de um lado, eletrônica do outro, clássica, caribenha, bossa nova? tocou lá e por aí vai. Tinha cassino, uma piscina de água doce (ou de cloro puro, na verdade hehehe) e outra de água salgada, parede de escalada que viemos a descobrir de penúltima hora, karaokê, biblioteca, academia, salaão de jogos, campeonatos de ping pong, onde quer que você fosse, tinha algo acontecendo.



Bom, neste dia ainda, depois de voltar pro barco eu comecei a passar mal. Em nenhum momento, pelo balanço do navio que mal balançou nos 5 dias, mas foi porque eu peguei uma insolação insolente! Hahahaha. Eu, com essa minha pressão baixa, não posso ficar muito tempo em climas tropicalientes que não dá muito certo. Além disso, fiquei insistindo de andar sem chapéu pra lá e pra cá e foi assim que fiquei delirando atéééé a noite, com febre e dores de cabeça. Bad!



Aí no dia 06, foi a vez de conhecer Cozumel. Amei. É lindo lá! Não conheci Grand Cayman a fundo porque só deu tempo de chegar até as arraias e voltar para o navio, mas tudo em Cozumel parecia de mais fácil acesso, mais simpático, mais bonito. O espírito já era outro, essa coisa latina, gostosa, saudooosa, ai ai! hahaha eu não falava um "a" de espanhol, vergonha nacional saber português e não arranhar um espanholzinho sequer, mas fui salva pelo gongo (leia-se namorado, again!). Pegamos uma scouter pra dar um rolê (versão mano ativada) na ilha e eles são mais inteligentes do que os anglo-saxões, com uma estrada que ia em volta da ilha toda e que dava pra ver o mar. Então foi assim...passamos bela parte desse dia em cima da motoquinha olhando aquele mar e aquele mar, minha gente, é O mar.







Lá comemos peixe e comida mexicana num restaurante engraçadinho. Achei tudo no México mais affordable. Depois seguimos para uma ruína maia que de tão arruinada quase não vimos. Huahuahua essa se chamava "El Cedral", mas só tinha uma igreja maia. Bom, seguimos em frente e tinha uma outra ruína maia, mais famosa, chamada Ruína de San Gervásio. Tô lendo aqui, segundo o site Costasur (deve ser empresa de mineiro rsrsrs), "é o mais importante complexo maia da região composto de 6 edifícios públicos ligados através de calçadas construídas pelos Maias". E, sim, é incrível ver ruína de civilização antiga! Fomos quase carregados pelos mosquitos, ainda bem que um senhorzinho simpático nos emprestou o repelente dele e resolvemos ouvir a voz da sabedoria porque, ave, é muuuuito pernilongo atentante! Mas, olha, esses maias foram mais engenheiros que muito engenheiro por aí. Fotos das ruínas:

Foto cedida (ou não) por Leandro. Hahaha.

"Nestas ruínas, vamos encontrar aquilo que foram edifícios públicos, casas de habitação, templos...Não é por acaso que, na Época Maia, Cozumel era um importante lugar de peregrinação, um lugar importante do ponto de vista religioso, onde se encontrava o lar de Ixchel, a deusa da fertilidade, cuja crença durou até à chegada dos espanhóis a esta ilha." Informação cedida (ou não) pelo site Costasur.

E aí foi hora de voltar pro navio, com a saúde firme e forte dessa vez pra curtir mais artistas cubanos, mais danças pra lá e pra cá e os jantares. Último jantar de cruzeiro é sempre o jantar formal em que apresentam o comandante. No jornal do último dia, entretanto, veio aquela coisa broxante escrita "Jantar: casual". Uuuui, que raiva! Tínhamos preparado nossos trajes hehehe ele tinha trazido terno lááá do Brasil, aquilo incomodando na mala e eu, ganhei um vestido preto da Judy que havia achado a cara da ocasião. Pra não passar em branco, vestimos nossos pretos mesmo assim! Hahahaha só dava a gente no navio produzidos, com cara de "nem aí, não te conheço mesmo". Esses jantares sempre me lembravam o Titanic, não porque eram afundados, nãããão, mas pelo clima de navio que dava pra coisa. No último, teve musiquinha cantada pelos garçons, maîtres e tals, olhem: http://www.youtube.com/watch?v=51tV8u28fxk






Bom, pra fechar com chave de ouro, fomos experimentar a tal da parede de escalada que eu jurava que era peta. Ai, gente, eu com esse meu preparo físico americano só fiz passar vergonha, isso sim! O cara da cordinha definitivamente me ajudou bastante, ele me puxava de formas que eu conseguia ter força embaixo pra soltar minha mão e pegar n'outro montinho. Eu sei que fiquei tão indignada com a situação que tive crise de riso no meio do caminho, mas cheguei lá! Vídeo da empreitada: http://www.youtube.com/watch?v=dKCElGv6dHU





E eis meu resumo do cruzeiro! Hahaha. Mais fotos já que "imagens valem mais que palavras". Discordo, sometimes.









La aventura de moto e lo salto de paraquedas: Saímos do navio, fomos de Fort Lauderdale para Miami alugar uma Harley Davidson. De lá ainda fomos pular de paraquedas. Nossa, nunca tremi tanto na base. Ria de nervoso, ficava quieta de nervoso, mas foi tudo muito rápido. O treinamento? Dois minutos. Não tem muita ciência mesmo não. O esquema é confiar no seu instrutor e fazer algumas pequenas coisinhas para ajudá-lo. Na hora que entramos naquele aviãozinho, meu lado covarde só me pedia: desiste disso, pelamor de Deus, desiste! hahaha mas como a Dayene corajosa é sempre mais danada, lá fomos nós. Parece avião de guerra, não tem nada dentro (aviões de guerra não têm nada dentro?), só o piloto e espaço. Estávamos eu, meu namorado, os dois cinegrafistas e um fulano extra lá de camiseta e short, com uma micro-mochila nas costas, até aí tudo normal. Tentávamos disfarçar, olhando pra fora, ora comentando sobre os detalhes com o instrutor, ora falando em português sobre o equipamento e a altura até que o fulano-de-tal com roupa de dia-a-dia e micro-mochila nas costas me abre a porta de plástico e se joga do jeito que tava mesmo, desengonçado, de costas...AAAIII! Frio na barriga que dá só de lembrar. Louco! Louco! Louco ele! E aí pra melhorar o meu estado psicológico, o Leandro, que poucas vezes na vida eu vi ansioso ou, somehow, alterado psicologicamente, começa a dar gargalhadas frenéticas que elevaram meu nervosismo à décima potência. Ficamos cho-ca-dos.



Bom, não entendi nada dessa ordem, mas ele foi quem pulou logo depois. Injusto, né? Ladies first, oras! Desde que o mundo é mundo. Porque, como se não bastasse, o carinha semi-suicida já tinha pulado e me deixado com mais medo, o namorado pulou e me deu uma sensação ruim de separar logo naquele momento e aí mal deu tempo de ter todas essas sensações, já era a minha vez. Você tem que se ajoelhar quando seu instrutor manda e aí FUDEU, amigo! hahaha ajoelhou, tem que rezar! Não há ditado melhor pra essa hora do que esse. Vai tudo muito rápido. Eu achava que você ainda segurava a barra, olhava pra baixo, sentia o ventinho batendo no seu rosto. Naaaada! Eu ajoelhei, meu instrutor estilo surfista miamense me arrastou pra janela, a cinegrafista já estava agarrada feito uma macaca de costas na porta, ele deu um impulso com a barriga dele nas minhas costas e láááá fomos nós! É como ser mãe. Não dá pra você explicar como é até virar uma e, portanto, eu não sei explicar todo o mix de adrenalina, medo, emoção, felicidade que é...1 minuto de queda livre e mais uns 2 para curtir a paisagem. Aí vai o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=1zWKSAYKsFI



Loucura feita, seguimos de Miami para Key West. Não achei um mapa melhor, então vai esse aqui:




Depois vocês leiam sobre "Florida Keys" na internet que é bem interessante (http://images.google.com/images?hl=pt-BR&um=1&q=overseas%20highway&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi; http://www.google.com/search?hl=pt-BR&um=1&q=florida%20keys&ie=UTF-8&sa=N&tab=iw). Fomos conhecer a "Overseas Highway", a highway de número 1 dos Estados Unidos e que interliga todas as ilhas do sul da Florida (todas nomeadas com alguma coisa Key) até Key West que é a última, o ponto mais ao sul dos Estados Unidos. Ficamos lá dois dias. Uma cidade também com aquele calor melado caribenho e uma vida noturna bem bacaninha. Se alguém for, o agito fica na Duval St. E nunca vi uma cidade com tantas Harleys neste planeta! E com táxis cor-de-rosa! A especialidade "da casa"é a torta de limão chamada Key Lime Pie (tem até iogurte disso aqui nos EUA, vim a saber depois), muito boa por sinal (ou eu já tô com o gosto destruído pelos hamburgeres).











Aí voltamos de Key West e passamos bem rapidinho por Miami e West Palm Beach. Miami é um monstro de grande, mas parece ser bem bonita (se você souber onde ir), mas estávamos cansados, mortos de calor e perdidos, então entregamos a moto e pegamos um trem para WPB, de onde saía nosso voo. WPB vale muito a pena. Dá pra andar a pé e, pra ajudar, o hotel que a gente escolheu na sorte era muito bacana (prometi divulgar, mas tenho que achar o cartão do lugar). E mais fotos! Acho que só tenho de Miami. Segue:









Essas foram minhas férias. Depois voltamos pra NY e de lá mesmo já me despedi do namorado que voltou pro Brasil. Posso nem lembrar. Então pulando esse capítulo, três eras geológicas depois, eis que eu tô 1 ano mais velha...ops! mais experiente porque fiz happy birthday dia 22 de outubro! E minhas 22 tão queridas primaveras pegaram “carona nessa calda de cometa” e passaram voando! Nem vi passar; tempos extremamente bem vividos. Fiz 23 numa quinta-feira e os meninos nem conseguiram esperar, já foram me dando o presente logo na quarta. Ganhei um iTouch e ameeeeeeei! Na sexta, fomos jantar juntos, mas a minha câmera fez o favor de descarregar e eu só tenho fotos no celular de recordação. Só deu tempo de tirar foto do brownie com sorvete que funcionou como bolo de aniversário. De repente, no meio do restaurante, eu ouço uma cantoria e onde os garçons passavam, as pessoas começavam a bater palmas (êêê ao contrário dos "parabéns pra você" aqui nos EUA que não têm palmas, o meu teveee!), era uma música tão engraçadinha, nada a ver com o tradicional e daí pararam na minha frente 3 garçons e me falaram pra fazer o pedido e apagar a velinha! hahaha nem fiz pedido de tão surpresa que fiquei. Fora acordar na quinta e ter um "Happy Birthday" pendurado na porta da cozinha. Tão fofo!




E aí, no fim de semana foi a vez de comemorar com os amigos:




Ui, gente, por hoje tá bom, né? Fiquei devendo Halloween, outono, neve, escola, as outras férias e mais, mas já deixei um belo testamento para vocês lerem!

SAUDADES DE TODOS!
Parabéns para as minhas amigas agora FORMADAAAAAAAAAAS! AEEEEE! Vai que é tua, Tafarel!

1 comentários:

Maíra Afonso disse...

Olha uma aranha alí...