quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Retrospectiva

Gente, eu tô muito feliz. Um ano de realizações, pancadas e aprendizado. As mínimas coisinhas, eu pedi e aconteceram. O primeiro estágio logo na primeira entrevista e, com ele, ainda que tímidos, o primeiro aumento de salário, a primeira experiência. Ligações telefônicas, chefe, greve. Gente mais velha e mais nova. Gente pra ensinar e pra aprender. Fofocas e relações um tanto quanto delicadas. Arte, cultura, exposições, música e teatro. Equívocos e acertos. Eu pedi um lugar pra aprender. Aprendi menos da profissão e mais da vida. Menos cases e mais histórias. A sensação foi que eu paguei 1 e tô levando 10!


Pedi uma mudança radical na rotina, sustos que me alertassem, pedi auto-conhecimento. Solicitei como quem não quer nada um passaporte. Ganhei um mundo para explorar. Pedi solidão para entender o que era. Ganhei a minha companhia. Daí pedi pessoas para ter esperança. Ganhei um grande amor. Pedi força para vencer os obstáculos. E vou que vou, superando um a um. Pedi que chegasse o e-mail com a família certa. E, nove tentativas depois, está lá uma feita sob medida. Após uma sessão de ilude-desilude e uma dose inevitável de ansiedade, eu tive o tal do feeling e estou a poucos dias e providências para o embarque.

Prometi que só daria notícias quando tivesse coisas concretas a dizer. Eis que esse post está aqui há tempooos! Não contei da família quando aconteceu e as coisas estão bem adiantadas. Pois bem, cinco meses depois o que tenho pra dizer é que ainda conheço da vida de au pair mais teoria e bastidores que prática. Depois que você faz seu match, o ritmo é frenético! A minha família é assim: mãe solteira, dois filhos - um menino de 14 e outro de 11. Moram em New Jersey, ela trabalha em New York City na área de marketing de uma empresa de infra-estrutura. Como todo americano que se preze, eles curtem esportes, vão esquiar, nadar e o diabo a quatro (bonito o linguajar, hein, dona mocinha?!). Hoje exatamente faz 1 mês que fechei com ela. Recebi um e-mail da Cultural Care que começava assim: "Greetings from USA!"...é o máááximo ler isso!

A Judy (host mother) ficou com meu dossiê por uma semana e ligou um dia à noite. Combinamos horário via agência antes. A ligação foi tranquila, ela fala pra caramba, ficamos 20 minutos penduradas. Ela aproveitou pra tirar algumas dúvidas como, por exemplo: "Você se sentiria confortável dirigindo em NYC?", e comentou que achava importante ter amigos por lá, que iria me apresentar pessoas da minha idade, que eu poderia levá-los em casa (bem coisa de mãe solteira isso...parece a minha mamis toda-pra-frentex!). Bastaram essas observações pra ela finalizar a ligação dizendo que havia gostado de mim. A recíproca foi verdadeiríssima! Meu inglês foi razoável, digo isso porque a vontade é sempre de falar mais ou de falar naturalmente. Ou a sensação é de que ficou a desejar, mas talvez seja a exigência altíssima que tenho comigo mesma, pois a Judy chegou a elogiar minha desenvoltura para explicar o que queria. A Maíra estava próxima na hora da ligação e cascou de dar risada quando eu soltei um "então" em bom português hahaha eu tava cansada já, poxa vida!

Next step (or post): o visto!
Conto jajá.

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